20110205

Abalos internos, de 1 a 3 na escala Richter

Manhã de segunda insípida, fétida e pálida.

Desprovida de alma.

Com olheiras profundas e irremediáveis.

E não há para onde fugir.

Não de medo, mas de algo que ainda não tem nome.

Tornei-me alguém que se diz eu, mas não sou eu.

Vou me procurar.

Devo ter me escondido em algum lugar...

Aqui dentro mesmo.

Pare de querer contrair o tempo!

Isso só faz expandir ainda mais essa agonia,

Tal que não tem começo definido

E não se sabe aonde pode me levar.

Se me descuido um instante, vem essa espécie de abalo sísmico
Tirar-me meu frágil equilíbrio fingido, súbita e sorrateiramente.
Com uma dor asfixiante e narcótica.

Há certo desespero que estou tentando esconder dos outros.
Nem eu suportaria vê-lo por muito tempo.
Mas, mesmo que eu feche os olhos,
Ele continua lá,
Gritando sob meu silêncio.

2 comentários:

  1. Bom mesmo!!!
    E quem pode dizer que nunca se sentiu assim? Nem que seja uma única vez, todos temos esses sentimentos!!!

    ResponderExcluir
  2. Não sei... o finalzinho e o Eu inexistente são coisas tão de alguém Borderline! haha, mas a briga com o tempo acredito que sim, todos tem!!

    ResponderExcluir

Escreva, que eu te leio

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.