Manhã de segunda insípida, fétida e pálida.
Desprovida de alma.
Com olheiras profundas e irremediáveis.
E não há para onde fugir.
Não de medo, mas de algo que ainda não tem nome.
Tornei-me alguém que se diz eu, mas não sou eu.
Vou me procurar.
Devo ter me escondido em algum lugar...
Aqui dentro mesmo.
Pare de querer contrair o tempo!
Isso só faz expandir ainda mais essa agonia,
Tal que não tem começo definido
E não se sabe aonde pode me levar.
Se me descuido um instante, vem essa espécie de abalo sísmico
Tirar-me meu frágil equilíbrio fingido, súbita e sorrateiramente.
Com uma dor asfixiante e narcótica.
Há certo desespero que estou tentando esconder dos outros.
Nem eu suportaria vê-lo por muito tempo.
Mas, mesmo que eu feche os olhos,
Ele continua lá,
Gritando sob meu silêncio.
Bom mesmo!!!
ResponderExcluirE quem pode dizer que nunca se sentiu assim? Nem que seja uma única vez, todos temos esses sentimentos!!!
Não sei... o finalzinho e o Eu inexistente são coisas tão de alguém Borderline! haha, mas a briga com o tempo acredito que sim, todos tem!!
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