Vi-o lá embaixo, pela janela.
Entrou um tempo depois, só por minha causa.
Ficou esperando por mim, pela minha atenção.
Era bem o que eu queria
Estivera ansiosa para estar com ele, conversar.
Podia sentir o calor de sua presença,
Senão o de seu corpo, quando se aproximou de mim.
Sua mão suave algumas vezes acariciava minha coxa inerte.
Tal como se fosse uma pluma que resvalasse sobre a pele desnuda...
Quanta ternura podia sentir além de uma perplexidade contida.
Eis o que esse gesto me causava.
Contudo não podia permitir-me qualquer emoção.
Apenas um afetuoso silêncio por dentro.